Mas este alimento não tem muita calorias?
- Gismari Bertoncello
- 29 de out. de 2015
- 3 min de leitura

Questionamento comum feito nas consultas, bate papo ou aulas quando falo da importância de comer castanhas ou abacate: "Mas isto não tem muitas calorias? - numa entonação de medo, já que ingerir muitas calorias sempre fora sinômino de ganho de peso.
E respondo: "Tem sim muitas calorias, mas seu corpo saberá como fazer bem uso delas!"
Quando entrego o primeiro plano alimentar programa de reeducação nutricional, este é sem dúvida, o maior questionamento dos meus pacientes. Muitos nem imaginam que o elevado número calorias de bons alimentos (das castanhas por exemplo) terão a responsabilidade de formar hormônios, lubrificar articulações, melhorar a parede das células para a passagem dos impulsos nervosos e trocas de nutrientes, fortalecer ossos e artérias, vão ajudar a reduzir a gordura visceral e o nível de estresse: MAS ELAS VÃO!
Nosso corpo é inteligente. Ao consumirmos calorias provenientes de alimentos ruins, de rápida absorção ou ditos inflamatório como açúcar ou farinha, podemos desregular todo nosso metabolismo pela secreção exagerada de insulina (que é um hormônio de armazenamento).
E mais: quando consumimos "alimentos" sem calorias (que é o caso de adoçantes ou sucos artificiais) é nosso intestino e fígado os mais prejudicados pelo excesso de substâncias químicos ou artificiais: eles é um reguladores do metabolismo como um todo.
Assim, possuindo muitas ou poucas calorias, o açúcar e farinha (mesmo integral) não colaboram na manutenção da boa saúde. Passam por processamento até chegar a nossa mesa. E quanto mais processados menor é seu nível de enegia vital. Ao consumirmos o fígado que perde em vitalidade tentando processar.
Este é no meu ponto de vista, o principal motivo pelo qual as pessoas estão cansadas e sem energia: má alimentação, excesso de farinhas. A chamada "dieta de cafeteria" é uma rotina entre as pessoas. E muitos são sedentários ou fazem excercícios leves e imagam que o corpo elimininará o que comem, o que não acontece.
Então, vamos aprender:
A caloria (fonte de energia) deste alimento é proveniente de quê?
É fonte de gordura boa ou fonte de carboidrato refinado e maléfico?
Vem da terra, o menos processado possível ou é resultado da indústria?
É fonte de proteína que terá um papel estrutural ou é uma caloria vazia, sem nutrientes e fibras e com potencial inflamatório?
Alimentar-se bem é mais simples do que parece. Imagino que a fartura de informações de hoje pode estar deixando as pessoas ainda mais confusas. Fora o fato da medicina tradicional ainda pouco aceitar que a alimentação é a principal causa de saúde ou doenças. De equilíbrio ou desequilíbrio.
Contar com um profissional é fundamental. Dou um exemplo: Você já tentou pintar a casa sozinha? Demorou mais? Ficou bem feito? Sujou quanto? Valeu a pena? E se você contratasse um profissional?
Só que é ainda mais sério: estamos falando da sua saúde e não da pintura da sua casa. E um profissional para orientar é fundamental. Só ele analisará suas particularidades bioquímicas, sua rotinam transformando a ciência da nutrição em uma proposta simples e descomplicada de seguir.
Voltando, as calorias, na maioria das faculdades ainda é usado a metodologia de prescrição de cardápios com contagem de calorias (lembram 1500Kcal?). Como profissional em formação precisamos ter noção do contéudo dos alimentos, das suas calorias e seus macronutrientes.
No formei no ano de 2007, optei por trabalhar com cardápios e planos alimentares qualitativos nunca contabilizando calorias e assim sigo fazendo, muito feliz com os resultados. Os estudos da Nutrição funcional embasam cientificamente o método de trabalho que escolhi.
Mas o fato é que ainda hoje ajudo meus pacientes a esquecer a temida caloria. Ela é restrição, é preocupação, números e nada disso tem a ver com nutrição de cuidado, simples e verdadeira.
Vamos nos falando,
Um beijo!
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